A fé é o elemento transcendental que dá confiança, coragem, segurança e resignação para enfrentamento das aflições da vida. Fé é inspiração divina e desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. A Doutrina Espírita, que nos descortina a vida futura, fornece-nos elementos substanciais para o fortalecimento do poder da fé.  “Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada vos seria impossível.” ((MATEUS 17) Fé como um grão de mostarda, não como um grão de areia, por que Jesus utilizou uma semente? Ele sempre aproveitava as oportunidades como forma de ensinamento aos seus discípulos. Assim, comparar o tamanho da fé à menor semente daquela época, transmitia um novo aprendizado. Quer dizer, uma fé viva, que encerre em si, ainda que potencialmente apenas, a vida espiritual, assim como um grão de mostarda encerra em si uma planta inteira.

Então, o que é fé? Fé é a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. Espécie de lucidez que permite se veja, em pensamento, a meta que se quer alcançar e os meios de se chegar lá. Quem a possui caminha com absoluta segurança. Ela pode dar lugar a que se executem grandes coisas. E, como podemos saber o que é ter fé? Emmanuel, no livro “O Consolador” de Francisco Cândido Xavier diz que: “Ter fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa, fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da personalidade.

Conseguir a fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer: “eu creio”, mas afirmar: “eu sei”, com todos os valores da razão tocados pela luz do sentimento.” Assim, quando entendemos a fé como um sentimento de confiança em si e em Deus, conseguimos compreender todo seu significado em nossas vidas. Conseguimos fortalecer este sentimento apesar das aflições da vida. Quando passamos a compreender a fé como esse elemento que nos liga a Deus, entramos em sintonia com nossa essência divina e não temos mais medo diante das atribulações da vida. Não por presunção, por orgulho, mas sim por união com Deus, com o Pai de infinito amor, bondade e justiça. Sobre a fé inata devem ser adicionados os valores da reflexão e da prece de modo a canalizar a inspiração superior que passa a constituir fonte geradora dos pensamentos e dos atos no caminho do Bem, fortalecendo esse sentimento. A fé é humana quando se refere à confiança em si próprio, nas suas possibilidades e limites. A fé é divina quando dá a certeza de um futuro celeste, pleno de felicidade, para os que souberem agir com nobreza e caridade. Este é verdadeiro sentido do sentimento de confiança. Deus pode tudo; não dispensa, porém, a cooperação, a vontade e a confiança do filho para realizar. Se Deus tem confiança em ti, para alguma coisa, deves confiar em ti mesmo na superação dos obstáculos, utilizando a tua fé fundamentada na razão e no discernimento, para que ela não se torne uma fé cega. A fé deve ser robusta porque confere a perseverança, a energia e os recursos necessários para a vitória sobre os obstáculos, tanto nas pequenas como nas grandes adversidades. A fé raciocinada estabelece diretrizes comportamentais, fortalecendo o indivíduo a superar tempos difíceis como esses vividos por todos, os tempos de Pandemia.